A Capela São João Batista, localizada na Linha Cândida, está a cerca de 15 km da cidade de Antônio Prado. A história desta igreja remonta ao final do século XIX, quando, no dia 25 de agosto de 1894, foi abençoada a primeira capela, construída em madeira.
Em 1925, a igreja foi reconstruída em pedra, em um novo local, sob a supervisão do senhor Pasa, com o apoio de membros da comunidade. As pedras utilizadas na construção foram gentilmente doadas por José Verdi, um morador próximo. O transporte dessas pedras até o local foi realizado por João Corso e Atílio Furlan, utilizando carroças. A areia, extraída do Rio das Antas por José Bezzuti, foi levada por membros da comunidade com o auxílio de cargueiros.
Inicialmente, a igreja foi coberta com telhas, que, após alguns anos, foram substituídas por materiais mais duráveis. O altar, uma peça central de devoção, foi fabricado por “Golo’, de Caxias do Sul, e transportado por João Bezzuti. O altar chegou à igreja em três partes, para possibilitar seu transporte em um caminhão, o único da região, pertencente a João Furlan. A mesa do altar foi adquirida em São Gotardo, Flores da Cunha, pelos fabriqueiros Pedro Miglioranza, Rosário Chilanti e Ildebrando Colombo.
Na fachada da Capela, destacam-se as iniciais “C.D.S.J.B.”, que significam “Capela Dedicada a São João Batista”. Também há imagens de Nossa Senhora de Lourdes e do Sagrado Coração de Jesus, além de um vitral central de São João Batista.
O primeiro campanário da capela era de madeira, sendo substituído mais tarde por um novo, construído com a colaboração da Família Piardi e outros membros da comunidade, como Germano Corso, que emprestou o dinheiro necessário para a obra. Em 1936, o sino original quebrou, e foi substituído por um novo de 300 kg, produzido pelos irmãos da Família Bellini e doado por Luiz Chilanti.
Atualmente, a Comunidade de São João Batista, graças ao esforço contínuo de seus membros, é uma comunidade bem estruturada e ativa, promovendo anualmente a festa do padroeiro no dia 24 de junho, além de outras celebrações religiosas, sociais e culturais.
Foto: Marilita Calgaro Scapinelo/PASCOM