São Caetano – Linha Guerra

A Capela de São Caetano está situada na Linha Guerra, a aproximadamente 17 km do centro da cidade. Sua história remonta à colonização da região, que teve início por volta de 1894. A primeira igreja, juntamente com o campanário, foi construída em madeira, sendo abençoada oficialmente em 1904.

Nos primeiros anos, a comunidade venerava Santo Antônio como seu padroeiro. No entanto, em 1900, São Caetano foi entronizado como o novo padroeiro da comunidade, que passou a celebrar sua festa anualmente no mês de agosto.

A igreja atual, edificada em alvenaria, foi inaugurada em 1960. Um detalhe curioso é que o primeiro altar foi construído com troncos de árvores, o que reforça a simplicidade e devoção da comunidade naquela época. O campanário de metal abriga um sino de 113 quilos. Antigamente, o sino era tocado religiosamente de manhã, ao meio-dia e à noite, quando a comunidade ainda era composta por 12 famílias, todas bastante numerosas.

A primeira grande reforma interna, que incluiu a pintura da igreja, ocorreu em 1992, e uma nova restauração foi realizada em 2015. O interior da capela é decorado com belíssimas pinturas que trazem símbolos litúrgicos.

O primeiro salão comunitário de alvenaria foi erguido em 1965, com capacidade para 100 pessoas. Posteriormente, em 1978, o salão foi ampliado, podendo acomodar até 400 pessoas. Em 2000, foi construído um salão com cancha de esportes, graças ao esforço conjunto dos sócios da comunidade. No entanto, em 2002, um vendaval destruiu o salão, deixando apenas o piso e alguns alicerces. Com a colaboração dos moradores, o salão foi reerguido no mesmo ano e atualmente serve para jogos recreativos e torneios municipais.

A comunidade também possuía uma cancha de bochas coberta, que foi um ponto de encontro e lazer por muitos anos, mas acabou sendo desativada. Além disso, a área contava com um campo de futebol que sediava diversos torneios entre as comunidades da região. Até 1998, a comunidade também foi o lar da Escola Municipal Dom Pedro II, localizada ao lado da igreja.

Desde sua fundação, a comunidade mantém seu próprio cemitério, reforçando os laços de fé e tradição ao longo dos anos.

Foto: Marilita Calgaro Scapinelo/PASCOM