Localizada a 24 km, da sede do município, a Capela Nossa Senhora da Saúde, Rio da Prata, teve seu início com uma pequena igreja de madeira escura, situada próxima à estrada, coberta com “escândoles” (telhas de madeira). Essa construção já possuía mais de 40 anos de existência quando se iniciou a construção da igreja atual. A igreja ficava localizada na divisa entre as terras de Aurélio Fantin e Claudino Grion, até que, posteriormente, essas frações de terra foram incorporadas à Paróquia da Cidade de Antônio Prado.
A nova igreja teve seu início por volta de 1974, quando um dos moradores da comunidade, após construir sua casa, doou o material que havia sobrado para dar início às obras. Foi nesse contexto que se realizou a primeira festa em honra à Padroeira, Nossa Senhora da Saúde.
Na época, Claudino Grion e Aurélio Fantin estavam à frente da comunidade. Os pedreiros responsáveis pela construção foram Ângelo Marin e “Viapiana”. A igreja foi erguida por meio de doações e com parte do material adquirido pela própria comunidade. Naquele tempo, ainda não existia um salão para a realização das festas.
O primeiro casamento celebrado na nova igreja foi o de Rita Salame e Jorge Fantin. A cerimônia aconteceu na igreja e a recepção foi realizada em um galpão da família, já que não havia salão para acolher os convidados.
Após dois ou três anos, foi construído um salão de madeira para a realização de festas, como a de São João e a da padroeira. Em 1982, também foi organizada a Festa da Abóbora. Em 1986, o salão passou por uma ampliação, com a construção de novos espaços para a copa e a cozinha, que antes ficavam dentro do salão.
Nos anos de 1994 e 1995, iniciou-se a construção do novo salão, em alvenaria. Parte dos materiais, como as janelas, foi obtida por meio de doações. Com a conclusão do novo salão, as celebrações, como a festa de São João e a da padroeira, passaram a ocorrer neste espaço. Entre meados dos anos 2000 e 2010, também eram realizadas as Festas do Lambari.
Atualmente, a comunidade conta com poucos moradores, sendo 14 famílias que mantêm viva a tradição da Festa da Padroeira. As demais festividades, entretanto, já não são mais realizadas.
Essas informações foram fornecidas por integrantes mais velhos da comunidade e por alguns registros encontrados em anotações, sendo a maioria baseada na memória dos moradores.
Foto: Marilita Calgaro Scapinelo/PASCOM