A Paróquia Sagrado Coração de Jesus foi estabelecida por Decreto do então Arcebispo do Rio Grande do Sul, Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão, em 31 de maio de 1900.
A história religiosa na Colônia de Antônio Prado, fundada em 1886 inicia oficialmente com a nomeação do primeiro padre para atender de maneira estável os imigrantes, em outubro de 1888, na pessoa do Padre ALESSANDRO PELEGRINI. No mesmo ano, houve a elevação da Colônia a Curato.
Padre Alessandro Pelegrini celebrou a primeira Missa no barracão dos imigrantes e, a partir de então, deu impulso à criação da Capela principal na sede, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, e às capelas no interior da Colônia.
Em 1891, com a mudança do traçado da sede da colônia, também foi mudado o local da Igreja para onde se encontra atualmente, de alvenaria, concluída em 1897. Também foi alterado o titular, de Nossa Senhora do Rosário, para o Sagrado Coração de Jesus.
Em novembro de 1897 foi nomeado para substituir o Pe. Alessandro Pelegrini, o Pe. CARMINE FASULO, que com notável espírito empreendedor, deu grande impulso à vida religiosa, obtendo a criação da Paróquia, como citado, em 31/05/1900, tendo sido nomeado primeiro Pároco.
Em 1899 foi terminado o presbitério da Igreja Matriz e mandado fazer sete altares. Em 1902 houve a fundação da Pia União das Filhas de Maria e da Irmandade do Santíssimo Sacramento e do Coração de Jesus (posteriormente Apostolado da Oração). Também nestes primeiros anos chegaram as Irmãs de São José de Chambery para atender um colégio paroquial.
Em 1911 chegaram três sinos encomendados da Itália, da empresa Cavadini e Filhos de Verona, tendo sido instalados no campanário ao lado da Igreja Matriz. O Apostolado da Oração foi reorganizado de acordo com os estatutos em 1914.
O prestígio da Paróquia de Antônio Prado e o seu desenvolvimento religioso e social fizeram com que o Padre José Benini, em 1918, fosse nomeado Vigário Forâneo (representante do Bispo) na região que abrange os atuais Municípios de Antônio Prado, Nova Roma do Sul, Ipê, Vacaria e Bom Jesus.
No ano de 1920 chegaram os Irmãos Maristas para administrar um colégio para meninos.
Entre os anos de 1925 e 1928, foi realizada a grande reforma da Igreja Matriz que a deixou com o imponente aspecto atual, em formato de cruz latina, com três portas, belíssimos vitrais e ladrilhos nos corredores e presbitério.
Com a criação da nova Diocese de Caxias do Sul, em 08/09/1934, a Paróquia de Antônio Prado passou a pertencer a esta nova Diocese, desmembrando-se da Arquidiocese de Porto Alegre.
Num período de declínio econômico, especialmente devido ao desvio da rota da BR 116, que deixou Antônio Prado isolado das principais estradas do País, a Paróquia teve um papel fundamental no auxílio ao desenvolvimento social, seja através da conquista de um Ginásio para o Município, nos anos 50, seja para a fundação do Moinho do Nordeste, devido ao ardor apostólico de seu Pároco, Pe. Ernesto Mânica.
No início dos anos 60, houve a construção da nova Casa Paroquial, com o famoso ladrilho de azulejos representando o Bom Pastor que conduz as ovelhas para a Igreja Matriz e que se encontra até atualmente no mesmo local. Neste período, a Paróquia ampliou o seu trabalho social através da aquisição do Hospital São José e campanhas para melhorar o saneamento básico da população, incentivadas pelo então Pároco Pe. Antônio Galiotto.
Com o Concílio Vaticano II, a Paróquia de Antônio Prado se destacou com a aplicação prática dos documentos conciliares, seja através da reforma litúrgica, seja pela atenção aos marginalizados, com forte preocupação para com os agricultores e sua subsistência, tendo sido a propulsora, através do Pe. Leonel Pergher, Pároco, da criação, da Cooperativa Agroindustrial Pradense que até hoje é referência na região.
Foi com o incentivo do Pe. Schio que teve início e desenvolvimento a agricultura ecológica, a atenção à população carente e no âmbito religioso o fortalecimento das Festas da Gruta, as festas principais da Paróquia, em honra a Nossa Senhora de Lourdes (fevereiro/março) e do Rosário (outubro). Em 1998 a Festa do Sagrado Coração de Jesus passou a ter um caráter de maior força através da celebração da Novena do Padroeiro, que permanece até os dias atuais.
Com o aumento da população urbana, foram criadas três novas comunidades-Igreja nos bairros da cidade (Cristo Redentor, S. Pelegrino, S. Rita de Cássia) além das existentes (Gruta, N. S. Fátima e N. S. Aparecida).
Pelo ano de 2007 iniciaram os estudos para reforma da Igreja Matriz, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1988, sendo que atualmente se encontra em fase de restauro.
LISTA DOS PÁROCOS DA PARÓQUIA
- 1888 – 1897, Pe. Alessandro Pellegrini, Cura
- 1897 – 1904, Pe. Cármine Fasulo, 1º Pároco
- 1904 – 1906, Pe. Angelo Donato
- 1906 – 1907, Pe. Antônio Pértile
- 1907 – 1937, Pe. (Cônego) José Benini
- 1937 – 1938, Pe. Luís Sávio
- 1938 – 1944, Pe. Henrique Gelain (nomeado Bispo)
- 1945 – 1955, Pe. Ernesto Mânica
- 1956 – 1957, Pe. Maximiliano Franzoi
- 1958 – 1970, Pe. Leonel Pergher
- 1971 – 2001, Pe. João Bosco Luís Schio
- 2002 – 2004, Pe. Lóris Cortese
- 2005 – 2009, Pe. José Mussoi
- 2010, Pe. Sergio Nicoletti
- 2011, Pe. Ilvo Bottega
- 2012 – 2013, Pe. Moacir Pauletti
- 2014 – 2019, Pe. Décio Podenski
- 2020 – atualidade, Pe. Kleiton Pena